sábado, 24 de novembro de 2012
Entrevista sobre câncer de pele, no "Tudo a ver Interior", Rede Record
Entrevista com a dermatologista Eurídes Pozetti, dia 21 de Novembro de 2012, no estúdio da Rede Record em São José do Rio Preto apresentado pela jornalista Kátia Gradella.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
No "Tudo a ver Interior"
A dermatologista Eurides
Pozetti e Kátia
Graceli durante entrevista sobre câncer de pele hoje, no
programa "Tudo a ver Interior", da Rede Record.
sábado, 17 de novembro de 2012
Câncer de pele
Os principais fatores
de risco para os cânceres de pele são questões genéticas, tais como, o tipo de pele ou seja a sua cor ( indivíduos de pele clara), descendência hispânica, fatores ambientais como exposição
a radiação UV repetidas e queimadura solar. O câncer da pele é o crescimento
anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se
dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os
diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os
espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma.
A radiação ultravioleta é a
principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da
pele. Ela se concentra nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios
solares. O carcinoma basocelular é o
tipo mais freqüente, representando 70% dos casos. É mais comum após os 40 anos,
em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição
solar acumulada durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir
os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.
Já
o carcinoma espinocelular é segundo tipo mais comum de câncer da pele e pode se
disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Entre suas causas, estão
a exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada,
tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações
na imunidade.
O melanoma é o tipo mais perigoso,
com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver
diagnóstico e tratamento precoce. É mais freqüente em pessoas de pele clara e
sensível. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.
Além da
proteção solar, é importante fazer uma avaliação clínica da pele para prevenir
o desenvolvimento da doença. É preciso estar atento a alguns sinais:
-
Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida,
avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida;
-
Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas
bordas e cresce de tamanho;
-
Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando
coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Uma boa evolução está diretamente
relacionada com o quão rápido ele é diagnosticado e tratado. A preocupação do
paciente para com o exame freqüente de seu corpo, aliado à perícia e capacidade
técnica do dermatologista, são fundamentais para tal êxito. Dependendo do seu
tipo, tamanho e tempo de evolução o tratamento tópico, no qual utiliza-se
substâncias com potencial destrutivo local, pode ser eficaz. Existem outros
menos agressivos, como a crioterapia e a eletrocoagulação. No entanto, a
cirurgia é o que confere o melhor controle clínico do câncer, e é a forma
terapêutica absoluta indicada para alguns casos.
Prevenindo o envelhecimento
Ellen Bertoldi Pozetti,
Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, ex-colaboradora do Departamento de Cosmiatria do Hospital das
Clínicas/USP
O envelhecimento é um processo natural
comum a todas as células vivas. Na pele, ele se manifesta de diversas formas
através da perda de sustentação e do colágeno, da diminuição da elasticidade e
consequente formação de sulcos ou depressões, as famosas rugas. Estas podem ser
superficiais ou profundas, dinâmicas ou estáticas e serão assim classificadas
após avaliação por dermatologista, já que o tratamento adequado depende desta
avaliação inicial.
Existem vários métodos para melhorar a
pele no envelhecimento e conforme a medicina e a indústria farmacêutica vêm
evoluindo, as novidades vêm chegando para auxiliar na melhora do aspecto da
pele e, cada vez mais, atuando na prevenção do aparecimento das marcas
indesejáveis que o tempo deixa na pele.
Sempre, é claro, esta prevenção é
iniciada com o uso de filtro solar, que é fundamental para qualquer tratamento
dermatológico; podem ser utilizados também cremes à base de ácidos,
preenchedores, ativadores, etc... Temos hoje também o uso de
nutracêuticos, que são comprimidos ou cápsulas auxiliares no retardo do
envelhecimento, melhorando o aspecto da pele. Estes são todo produto com
resultados discretos e a longo prazo. Existem ainda diversos tipos de lasers
que podem auxiliar na melhora da pele", explica a dermatologista Para
atenuar os efeitos do envelhecimento existem também o uso de preenchedores
injetáveis de vários tipos, sendo o mais comum o ácido hialurônico, muito utilizado
para preencher sulcos e rugas já formados, estáticos, como o famoso “bigode
chinês”, que é a depressão causada nos cantos da boca.
Além disso, um tratamento muito
interessante, que há algum tempo já domina o quadro de procedimentos cutâneos
que "é a toxina botulínica, que bloqueia a ação da musculatura abaixo da
pele causadora das rugas dinâmicas, que são aquelas que aparecem com os
movimentos da mímica facial e que com o passar dos anos, vão se fixando e não
desaparecem nem quando a face está em repouso, transformando-se em rugas
estáticas fixas", informa Ellen. Baseando-se nesta idéia, existe
hoje a indicação da toxina botulínica em pacientes mais jovens, sempre com bom
senso, é claro, e de acordo com a necessidade, com a intenção de prorrogar a formação
das marcas fixas e assim, manter o aspecto mais jovem da pele por mais tempo,
mostrando efeito preventivo deste tratamento, antes utilizado só
em pessoas mais idosas.
Esse tratamento
deve ser repetido de 4 a 6 meses para ter este efeito sobre os movimentos
“desnecessários” dos músculos, com ação também a longo prazo sobre as marcas
faciais. Outra novidade a respeito da toxina é que, cada vez mais, entende-se
que sua aplicação deve ser individualizada a cada paciente e que não existe uma
“receita de bolo”, já que cada sinal apresentado por cada paciente é único e
deve ser abordado de maneira especial. Atualmente, existem indicações de toxina
botulínica na área inferior da face também no pescoço, na tentativa de melhorar
o contorno facial inferior, conhecido por “técnica de Nefertiti”, que só deve
ser realizado por profissional bem treinado para evitar efeitos colaterais
indesejáveis, como dificuldade de deglutição.
Esta técnica tem uma indicação
específica, não podendo ser utilizada em todo os pacientes, já que se mal
empregada, pode piorar a flacidez nesta região. Finalmente, devemos lembrar que
o envelhecimento é inevitável e natural. O que podemos fazer é deixar que ele
aconteça de forma mais gradual e lenta, no intuito de melhorar a auto estima
das pessoas através de tratamentos dermatológicos pouco invasivos, que devem
ser combinados entre si para um melhor resultado, sempre com bom senso e de
preferência com médico dermatologista habilitado a indicar o que é melhor para
cada paciente em particular. Sempre há como melhorar.
Conferência Mundial
As dermatologistas Eurídes Pozetti, professora da Famerp, e Ana Carolina Pozetti, em especialização na Unifesp, participam de 27 de junho a 01 de julho, do 3rd World Psoriasis & Psoriatic Arthritis Conference 2012, em Estocolmo, Suecia. O evento reuni dermatologistas e reumatologistas do mundo todo para discutir o tema, onde é apresentado o que existe de mais atual e os futuros avanços no tratamento da psoríase, doença que atinge de 1a 3% da população mundial, com comprometimento da saúde física e mental, e da qualidade de vida.
Eurídes Pozetti e Valéria Braile no "Agora é o Pov...
Pericoco Comunicação&Ideias: Eurídes Pozetti e Valéria Braile no "Agora é o Pov...: Agora é o Povo_15-05 por RPTV30 no Videolog.tv .
Fototerapia
Uma novidade em Rio Preto é a fototerapia, uma potente aliada no tratamento de doenças de pele como vitiligo, psoríase, linfomas cutâneos, eczemas crônicos e outras. O tratamento é feito com sessões de exposições repetidas e coordenadas à radiação ultravioleta A ou B, por meio de aparelhagem específica. As máquinas mais modernas empregam o uso de UVB, num comprimento de onda específico, chamado de UVB narrow band, que é mais seguro, podendo ser usado em crianças e gestantes. “Os resultados aparecerem, em média, com três meses de tratamento, de duas a três sessões semanais. Esse tempo pode variar de acordo com a doença e o quadro apresentado por cada paciente. Lembrando que o tratamento é individualizado, assim como a resposta terapêutica”, destaca a dermatologista Eurides Pozetti, professora da FAMERP - Faculdade de Medicina de Rio Preto. O equipamento está disponível em poucas clínicas de Rio Preto no Hospital de Base.
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